sábado, 16 de junho de 2012

Disciplina Politica e Organização da EJAI




Nos dias 15 e 16 foi ministrada pela Prof. Msc Terezinha Amaral a disciplina POLITICA E ORGANIZAÇÃO DA EJAI, foi abordado à importância de Politicas Públicas para a Educação de forma efetiva e sobre o novo Plano Nacional de Educação que define diretrizes para a educação brasileira na próxima década, por meio de 20 metas a serem atingidas ate o ano 2020.

 O PNE define metas para todos os níveis de ensino, da creche à pós-graduação, os indicadores de qualidade da educação, as perspectivas de aumento da remuneração dos professores e de qualificação do corpo docente, os critérios para o ensino de jovens portadores de necessidades especiais, entre outros pontos.

As metas e estratégias do PNE foram discutidas em grupo e apresentadas.

(1) Universalizar a Educação Infantil (para 4 e 5 anos de idade – ampliar o atendimento a 50% da população de até 3 anos de idade) – isso se fará mantendo e ampliando o programa nacional de investimento em estrutura de creches e pré-escolas, em parceria com governos estaduais e municipais, analisando os dados para descobrir as regiões mais carentes em investimentos e  integrando as universidades em programas de formação e capacitação de professores para a Educação Infantil.
(2) Universalizar o Ensino Fundamental (6 a 14 anos de idade) – a meta já foi parcialmente atingida na década de 1990 (98%), mas agora se propõe estratégias de acompanhamento individual do desempenho dos estudantes, redução de evasão, ampliação dos sistemas de transporte escolar para alunos com dificuldade de acesso, fomento às escolas rurais, universalizar a internet banda larga nas escolas e estabelecer metas de aprendizagem.
(3) Universalizar o Ensino Médio (15 a 17 anos de idade – na verdade, chegar a 85% de matrículas nesta faixa etária) – investir na estrutura física e formação de professores para contemplar um currículo diversificado que articule ciência, tecnologia, trabalho, cultura e esporte; instituir o ENEM como única forma de acesso ao Ensino Superior; integrar o ensino técnico; instituir políticas de combate à evasão escolar; universalizar a internet banda larga nas escolas.
(4) Universalizar o atendimento a alunos especiais na Educação Básica (alunos com deficiência, transtornos globais ou superdotados) – ampliar a estrutura física para tal nas escolas (usando o FUNDEB), bem como capacitar professores para o atendimento especializado; investir em adequação da estrutura física (acessibilidade) e ampliar a educação bilíngüe (LIBRAS).
(5) Concluir a alfabetização de todos até os 8 anos de idade - instituindo um ciclo de alfabetização dos 6 aos 8 anos, três anos iniciais de um sistema de Ensino Fundamental de 9 anos, que já vem sendo implantado; investir em desenvolvimento de diversificados métodos de alfabetização e tecnologias educacionais, favorecendo o fluxo (e não a repetência – respeitando a diversidade dos alunos).
(6) Levar o regime integral à metade das escolas públicas da Educação Básica - considerado ensino integral a permanência de 7 horas na escola, envolvendo um programa de desenvolvimento de estrutura física de laboratórios, quadras esportivas, bibliotecas, auditórios, além da formação de recursos humanos para fazer a permanência dos alunos se darem com atividades diversificadas; essa oferta se articula com espaços públicos (parques, praças, museus) e com entidades do sistema sindical.
(7) Atingir metas de desempenho no IDEB – desenvolver políticas de atendimento aos sistemas de ensino que apresentem resultado abaixo da média nacional, além de 25 estratégias tão abrangentes que mereceriam um capítulo à parte, e que envolvem desenvolvimento de tecnologias e métodos de ensino, formação de professores, desenvolvimento da estrutura física, formação de professores, articulação com a comunidade, entre outros.
(8) Aumentar o tempo de escolarização dos jovens (18 a 24 anos) de setores sociais em desvantagem (população do campo, pobres, negros) – as estratégias envolvem desenvolvimento de tecnologias e métodos para correção de fluxo (evitar a repetência), ampliação da rede de ensino de jovens e adultos, fomentar matrículas gratuitas nos sistemas de ensino das entidades sindicais, desenvolver estratégias para apoiar os alunos e evitar a evasão de grupos fragilizados socialmente.
(9) Erradicar o analfabetismo e reduzir o analfabetismo funcional – fomentar a educação de jovens e adultos para os que não estudaram na idade certa, levar os egressos de programas de alfabetização a terem acesso ao Ensino Fundamental completo.
(10) Integrar a formação profissional ao Ensino Médio (para 25% das matrículas)- ampliação da estrutura de cursos técnicos, inclusive com o uso de Ensino à Distância.
(11) Duplicar as vagas no Ensino Técnico profissional – através da ampliação da rede de Institutos Federais e do fomento das respectivas redes estaduais e municipais, bem como de vagas gratuitas na rede privada; institucionalizar sistema de avaliação da rede de ensino.
(12) Chegar a 33% da população de 18 a 24 anos no Ensino Superior – ampliar e estrutura física e recursos humanos das instituições públicas de Ensino Superior, especialmente com a descentralização geográfica da rede conforme dados de população em idade fornecidos pelo IBGE; combater a evasão, desenvolvendo programas de permanência e estratégias de melhoria do fluxo; incentivar os programas de extensão (que devem chegar a 10% da carga horária dos cursos); ampliar a oferta de estágio; fomentar a mobilidade estudantil, nacional e internacional; atrelar a formação em nível superior às demandas por inovação tecnológica e da ampliação da educação básica.
(13) Aumentar o percentual de mestres e doutores trabalhando no Ensino Superior - ampliar e consolidar o sistema de avaliação (SINAES, ENADE, comissões internas de auto-avaliação); melhorar a qualidade das pedagogias e licenciaturas; estimular consórcios entre instituições públicas de Ensino Superior.
(14) Atingir a formação de 60 mil mestres e 25 mil doutores por ano (hoje está em cerca de 40 mil mestres e 12 mil doutores) – ampliar o sistema de bolsas da CAPES, articulando com as instituições estaduais de fomento; expandir o FIES para o mestrado profissional; expandir mestrados e doutorados por Ensino à Distância; internacionalizar a pós-graduação e a pesquisa brasileiras; interiorizar a oferta de cursos de mestrado e doutorado.
(15) Dar formação superior (licenciatura) à totalidade dos professores da Educação Básica – um total de 10 estratégias que, em linhas gerais, visam ampliar a oferta de Licenciaturas, reforçar sua qualidade e sistema de avaliação, integrar a formação à escola básica, especialmente com estágio para os alunos de graduação e com programas de formação para os professores já atuantes.
(16) Levar a formação em nível de pós-graduação à metade dos professores da Educação Básica – a principal estratégia para esta meta, a meu ver, é a que prevê a instituição de planos de carreira que permitam licenças para cursar pós-graduação.
(17) Elevar a remuneração dos professores para atingir nível equivalente a de profissionais com mesmo nível de escolaridade que atuam em outras áreas – basicamente a implantação do piso salarial e o estímulo ao sistema de dedicação exclusiva (todo professor deverá trabalhar em apenas uma escola).
(18) Assegurar planos de carreira para professores em todos os sistemas de ensino em no máximo 2 anos – estabelecer a prova nacional de docentes, em substituição/complementação aos concursos regionalizados; desenvolver as carreiras técnicas vinculadas ao funcionamento da escola e de sua estrutura física e administrativa (é o grande nó de todo o sistema educacional brasileiro); condicionar os repasses de verbas federais aos sistemas estaduais e municipais que tiverem aprovado planos de carreira condizentes.
(19) Reformular os critérios de nomeação de diretores conforme mérito de desempenho e participação da comunidade – também com condicionamento de liberação de verbas, e estabelecimento de sistema nacional de avaliação de mérito.
(20) Atingir o patamar de 7% do PIB para investimento em educação - articulando com sistemas de avaliação da qualidade da despesa e com maior controle social dos sistemas já existentes de financiamento.

2 comentários:

  1. Tenho aprendido muito nessa especialização, espero que nossa turma contribua significativamente para a mudança da educação brasileira, especialmente no que se refere a educação de jovens, adultos e idosos.
    Luciana Raquel - aluna do curso de Especialização de Educação de Jovens, Adultos e Idosos da UEMA.

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  2. otimo dia, muito proveitoso, com varias ideais e troca de experiencia, demais o dia da aula..

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